
O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O desembargador Mario Crespo Brum tomou posse como presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) nesta quarta-feira (28). Ele substitui Voltaire de Lima Moraes na função. A vice-presidência e a corregedoria da Corte ficarão a cargo da desembargadora Maria de Lourdes Gonzalez.
Em discurso que durou menos de 10 minutos, Brum falou sobre os desafios da Justiça Eleitoral em tempos de desinformação, e prometeu fortalecer a atuação institucional, reforçar a modernização de sistemas e aproximar o tribunal do eleitor.
— Vivemos tempos desafiadores. A tecnologia transforma a dinâmica de comunicação, ampliando o alcance da informação, mas também exigindo vigilância constante contra a desinformação, que corrói a confiança pública e ameaça a integridade do processo eleitoral. Nosso trabalho será incansável no combate às fake news e na promoção da educação para a cidadania — afirmou, na primeira manifestação como presidente.
Mario Crespo Brum assume por um ano, até maio de 2026. Caberá a ele iniciar os preparativos para as eleições estadual e nacional no ano que vem, mesmo que não seja ele à frente do TRE durante o pleito. Mesmo assim, Brum garante que será um mandato repleto de desafios:
— A responsabilidade é grande. Pode parecer que é de tranquilidade o ano não eleitoral, mas lhes digo, não é. É um ano que se prepara a eleição vindoura, ano que os planos são realizados para, chegando o ano eleitoral, ter uma claríssima e perfeita ideia do que cada magistrado, magistrada, servidor, servidora precisa executar. É uma tarefa complexa.
O presidente do Tribunal de Justiça, Alberto Delgado Neto, e o procurador-geral de Justiça, que chefia o Ministério Público do Estado, Alexandre Saltz, acompanharam a cerimônia de posse.
Despedida emocionada
No discurso de despedida, antes de passar o bastão para Brum, Voltaire de Lima Moraes resgatou os projetos que encabeçou durante sua presidência, e agradeceu aos colegas e servidores do TRE. Voltaire foi às lágrimas quando citou a esposa, a quem chamou de "eterna magistrada" e agradeceu pelo suporte durante sua carreira.
— Agradeço a ti, minha eterna magistrada, escrita em caixa alta, minha companheira há 50 anos. Vera Regina Cornelius da Rocha Moraes, o meu eterno afeto e expoente máximo, e aos meus também queridos amores — disse Voltaire, antes de citar os filhos e netos.