
Antes de decidir se atende ou não ao pedido de recriação da Secretaria Estadual de Políticas par as Mulheres, feito na semana passada, quando estava nos Estados Unidos, o governador Eduardo Leite quer mostrar à Assembleia tudo o que o seu governo já fez nessa área, sem ter uma pasta específica. O Chefe da Casa Civil, Artur Lemos, que faz a interlocução com os deputados, diz que o tema ainda não foi discutido no núcleo do governo.
— Pelo que se depreende do documento que será entregue ao Executivo, os parlamentares pedem uma estrutura. Antes de mais nada, atuaremos para demonstrar aos proponentes as políticas públicas que são levadas a termo no nosso governo, que demonstram investimento robusto e em iniciativas antes não vistas — disse Lemos à coluna.
O chefe da Casa Civil quer demonstrar que a política para as mulheres é transversal e que "este governo tem sob a liderança de mulheres as principais pastas e políticas públicas que foram iniciativa do governador Eduardo Leite”.
São comandas por mulheres as secretarias da Saúde (Arita Bergmann), da Educação (Raquel Teixeira), da Fazenda (Pricilla Santana), de Obras (Izabel Matte), de Governança e Gestão (Danielle Calazans), do Meio Ambiente (Marjorie Kauffman), da Ciência e Tecnologia (Simone Stülp), da Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade (Lisiane Lemos) e das Relações Institucionais (Paula Mascarenhas).
A recriação da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres foi pleiteada pela deputada Bruna Rodrigues (PCdoB), procuradora da mulher na Assembleia Legislativa, e contou com o apoio de outros 47 deputados.
Em duas páginas, o documento faz diversas considerações sobre indicadores de violência contra mulheres no RS, como o de feminicídios, que nos primeiros quatro meses de 2025 já registra quase 20% mais casos na comparação com o mesmo período de 2024 (até 23 de abril deste ano, 31 mulheres foram vítimas de ex-companheiros violentos).
A moção chama a atenção para a baixa cobertura no território estadual das Patrulhas Maria da Penha e das Delegacias de Atendimento à Mulher (Deams), além dos poucos abrigos para acolher as vítimas.