
Depois de conversar com os deputados da base aliada sobre a necessidade de levar adiante a concessão do bloco 2 de rodovias estaduais, o governador Eduardo Leite reuniu os prefeitos dos municípios afetados e líderes empresariais das regiões nesta sexta-feira (11) no Palácio Piratini.
O bloco 2 soma 415 quilômetros de rodovias e prevê investimentos de R$ 6,7 bilhões. Desse total, R$ 1,3 bilhão deverá sair do Fundo de Reconstrução do Estado (Funrigs) para obras de resiliência climática, como a elevação de pontes e a melhoria da drenagem em áreas sujeitas a inundações.
— Estamos dialogando e trabalhando para garantir um modelo que seja justo tanto para os usuários quanto para a viabilidade do projeto. Posso assegurar que haverá uma redução na tarifa-base do quilômetro rodado, embora o valor final ainda esteja em avaliação pela equipe técnica — disse Leite aos prefeitos.
O valor a ser proposto no edital será anunciado na primeira quinzena de maio. A tarifa-base do pedágio, que na proposta inicial estava fixada em até R$ 0,23 por quilômetro, será reduzida, após análise das contribuições recebidas durante o processo de consulta pública realizado entre janeiro e março.
Leite destacou que o sistema de pórticos de cobrança automática, o free flow, substituirá as praças de pedágio tradicionais. Serão 24 pórticos distribuídos ao longo das rodovias, permitindo uma cobrança proporcional ao trecho efetivamente percorrido pelo usuário. No projeto original, seriam sete praças de pedágio.
Entre as melhorias previstas nas estradas do Vale do Taquari, Serra e Planalto Médio estão 323 quilômetros de acostamentos, 73 quilômetros de estradas marginais, 43 passarelas de pedestres, 244 quilômetros de duplicação e 103 quilômetros que ganharão terceiras faixas.
O governador e seus secretários apresentaram o resultado de uma pesquisa mostrando que 73,5% dos entrevistados preferem a concessão das rodovias com pedágio a manter as estradas nas condições atuais, e 83% acreditam que as obras devem ser realizadas o quanto antes.