Quando Carlos Saura lançou a comédia dramática Mamãe Faz Cem Anos, em 1979, eu não conhecia nenhuma pessoa tão velha. Nem eu nem minha amiga Lúcia Wey, fã de Saura e de Geraldine Chaplin. Era ficção, esse terreno em que tudo é possível — até os filhos tramarem a morte da anciã para colocar a mão no seguro. De lá para cá, a expectativa de vida no mundo foi aumentando e chegar aos cem anos já não chega a ser excepcional — no Japão é quase corriqueiro — mas não deixa de ser extraordinário quando se trata de uma mulher pobre, nascida na roça e dependente da rede pública de saúde.
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre:
- crônica de domingo