
A assessoria do deputado Mario Jardel (PSD) está distribuindo nos gabinetes parlamentares da Assembleia Legislativa um documento com cinco páginas pedindo "análise criteriosa" do processo que pede a cassação do ex-atleta. Reunindo notícias publicadas em diversos veículos de comunicação, o deputado dá a entender que foi vítima de uma armação.
"Peço ao colega deputado uma análise criteriosa do processo. E que o seu julgamento à minha conduta seja com base em evidências concretas", diz o texto creditado ao deputado Jardel.
Além disso, a assessoria cita os quatro projetos de lei que o parlamentar protocolou em dois anos de mandato e a decisão judicial que mandou parar o processo de sua cassação em plenário minutos antes de ser votado.


No início da semana, apontando laudo do psiquiatra contratado por Jardel, a procuradoria do Legislativo marcou para o início de janeiro uma perícia no INSS. Entregue no dia 23 de novembro, o documento médico atestava incapacidade de Jardel para o trabalho. Se o médico da Previdência atestar o que o psiquiatra havia informado, o deputado poderá pedir ao governo federal a sua aposentadoria.
Jardel não recebe mais salário da Assembleia. Os funcionários do gabinete e da bancada do PSD foram exonerados nesta quinta-feira.
O novo relatório da Comissão de Ética que recomenda a cassação do deputado Jardel foi aprovado e entregue quarta-feira para a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia. Não há data até agora para o julgamento do caso em plenário.
Concluindo quebra de decoro, o relatório do deputado Sérgio Turra (PP) não aponta a existência de funcionários fantasmas, nem a exigência por Jardel de parte do salário dos servidores do gabinete. Turra justificou que somente pode considerar no documento o que foi apontado pelo corregedor Marlon Santos (PDT) no processo. Marlon disse que não incluiu essas irregularidades porque não teve tempo para provar tais acusações.





