
Em qualquer guerra, os civis são, em geral, as maiores vítimas — especialmente os mais vulneráveis: mulheres e crianças.
Há dois anos, o grupo terrorista Hamas invadiu Israel, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou outras 251. A resposta israelense levou à devastação da Faixa de Gaza e à morte de mais de 66 mil palestinos.
Além da tragédia humana, o atentado de 7 de outubro de 2023, redesenhou o tabuleiro geopolítico do Oriente Médio: Hamas e Hezbollah foram enfraquecidos, o programa nuclear iraniano sofreu atrasos e a ditadura de Bashar al-Assad chegou ao fim na Síria. Se houver boa vontade internacional, o plano de Trump pode ir além de um cessar-fogo urgente: pode reativar os Acordos de Abraão e servir como embrião de um futuro Estado Palestino.
Ainda que controverso e cheio de lacunas, o momento é raro: há, ao mesmo tempo, pressão popular pelo retorno dos últimos reféns, exaustão militar e uma janela política para negociações. Se aproveitado com responsabilidade, pode ser o início — ainda que imperfeito — de um novo capítulo no Oriente Médio, onde a paz deixe de ser promessa distante e a roda insana da violência gire ao contrário.




