
Tailon Ruppenthal, 41 anos, voluntário brasileiro que lutava na guerra da Ucrânia morreu em combate. A informação foi confirmada à coluna por sua mãe, Marileuza Borges Bertolucci, nesta segunda-feira (6). Ruppenthal era natural de Três Coroas, no Vale do Paranhana.
— Não vou poder nunca mais ver meu filho. Ele morreu esta noite — disse ela, que está em viagem ao Nordeste.
Enquanto a coluna esteve na Ucrânia, em setembro, houve a tentativa de contato com o soldado. A última comunicação ocorreu no dia 2: "Estamos em momento complicado", escreveu Ruppenthal, em troca de mensagens, direto do front no leste do país. Ele afirmou que enfrentava situação limitada em questões de uso de celular e de troca de informações. Diante do pedido para um encontro em Kiev para uma entrevista, ele disse apenas: "Aguarde e confie".
Na semana em que ZH esteve na capital da Ucrânia, tentou novos contatos, mas não houve resposta. Foram enviadas mensagens nos dias 5 e 9 de setembro.
Ruppenthal havia se juntado às forças ucranianas em julho para lutar contra a Rússia. Ex-soldado do Exército, o gaúcho atuou no início dos anos 2000 na missão de paz das Nações Unidas no Haiti. Sua experiência rendeu o livro "Um soldado brasileiro no Haiti" (Editora Globo).
Nas redes sociais, Marileuza afirmou:
"Hoje o céu ganhou mais uma estrela, e nosso coração chora a partida de nosso querido filho Tailon Ruppenthal. Sua luz e seu amor ficarão para sempre em nós."
Procurado pela coluna, o Itamaraty não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.



