
O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e diversas organizações eclesiais brasileiras publicaram nesta segunda-feira (21) uma nota conjunta intitulada O cuidado com a Casa Comum é a nossa causa comum, na qual manifestam forte oposição à aprovação do projeto de lei que modifica as regras do licenciamento ambiental no país.
No documento, as entidades classificam a medida como "um grave retrocesso na política ambiental brasileira", argumentando que as novas regras "desestruturam princípios consolidados de proteção ambiental, enfraquecem o licenciamento, fragilizam o controle público e ameaçam territórios, águas, florestas e a vida".
A CNBB alerta ainda que a legislação coloca em risco o patrimônio ecológico nacional ao reduzir a avaliação prévia de empreendimentos e flexibilizar normas em biomas sensíveis como Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.
O texto faz referência à Encíclica Laudato Si' - publicada há dez anos pelo papa Francisco, na qual o pontífice faz um apelo à mudança e à unificação global para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas. As entidades também citam declarações recentes do papa Leão XIV como: "os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos das crises ecológicas".
O documento é assinado pelo presidente da CNBB, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, além de importantes organizações ligadas à Igreja Católica, como Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Cáritas Brasileira, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento Laudato Si’, Iniciativa Inter-Religiosas Pelas Florestas Tropicais (IRI Brasil), Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) e Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB).





