
O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram, nesta segunda-feira (23), um grande ataque contra instituições importantes para o regime teocrático iraniano.
Entre os alvos atingidos está a notória prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos. O local é considerado um dos símbolos mais fortes do sistema de governo iraniano, sendo o principal centro de detenção de opositores desde 1972 — antes mesmo da Revolução Islâmica. Até o momento, não há confirmação sobre mortes ou fugas de prisioneiros.
Outro alvo foi a sede do Basij, milícia ideológica e religiosa ligada à Guarda Revolucionária. Fundada em 1979 por ordem do aiatolá Khomeini, o grupo já foi acusado por ativistas de promover execuções extrajudiciais, torturas e de impor à força as regras islâmicas do regime.
Outros alvos incluíram a sede do serviço de segurança interno, o departamento de ideologia do governo e o "Relógio da Destruição de Israel", um símbolo amplamente repudiado em Tel Aviv que marca uma contagem regressiva para o fim do Estado judeu em 2040.
O próprio IDF divulgou em sua conta no X os locais atingidos:
- Centros de comando e ativos pertencentes ao IRGC (Corpo de Guardas da Revolução Islâmica) e às forças de segurança interna
- Sede do Basij — Uma das principais bases armadas do IRGC; responsável por impor a lei islâmica e denunciar civis às autoridades.
- Corpo Alborz — Supervisiona a segurança e operações militares no Distrito de Teerã.
- Centro de Comando "Thar-Allah" — Encarregado de defender Teerã contra ameaças à segurança.
- Corpo "Sayyed al-Shuhada" — Responsável pela defesa nacional e pela repressão a protestos internos.
- Segurança Interna — Controla o pessoal de segurança e gerencia a vigilância sobre informações e mídia.