
O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Poucos minutos após a reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, o americano afirmou que a Rússia e a Ucrânia iniciarão imediatamente negociações para um cessar-fogo. Apesar do anúncio, ele não explicou detalhes sobre o possível acordo.
— A Rússia e a Ucrânia iniciarão imediatamente negociações para um cessar-fogo e, mais importante, o FIM da guerra — publicou Trump em uma de suas redes sociais.
Essa foi a grande pauta da agenda do presidente americano, que ficou duas horas ao telefone com Putin, nesta segunda-feira (19): discutir o conflito entre a Rússia e a Ucrânia no Leste Europeu. Interlocutores da Casa Branca disseram à mídia americana que Trump estaria cansado e frustrado com ambos os lados do conflito.
Segundo a mensagem publicada no X (antigo Twitter), as condições para isso dependem de negociações entre as duas partes. Trump também afirmou que o "tom" e o "espírito" da conversa foram "excelentes".
À imprensa russa, Putin afirmou que a conversa foi "franca e substancial" e disse que os acertos podem ser iniciados "quando certos acordos forem feitos".
— Enfatizei que a Rússia defende uma resolução pacífica para a crise ucraniana. Precisamos apenas delinear as rotas mais eficazes para avançar em direção à paz [...] concordamos com o Presidente dos Estados Unidos que a Rússia proporá e está pronta para trabalhar com o lado ucraniano em um memorando sobre um possível futuro tratado de paz definindo uma série de posições — disse o Kremlin.
O presidente americano também afirmou que já comunicou os fatos ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a outros líderes europeus. Trump disse ainda que o Vaticano, por meio do papa Leão XIV, declarou estar interessado em sediar as negociações.
Essa foi a terceira vez que Trump e Putin conversaram por telefone desde a posse do segundo mandato do republicano. Antes disso, de acordo com a presidência ucraniana, o presidente americano também teve uma conversa por telefone com Volodymyr Zelensky. Os EUA são os maiores apoiadores de Kiev.