
O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Não há uma regra definida para a duração de um conclave. Algumas eleições papais foram resolvidas em um único dia, enquanto outras levaram anos — como no caso do conclave de Viterbo (1268–1271), que durou quase três anos e terminou apenas após a intervenção das autoridades locais, que chegaram a retirar o teto do prédio onde os cardeais estavam reunidos para pressioná-los.
Nos últimos séculos, a média de duração caiu para dois dias. Porém, vaticanistas e até cardeais sugerem que a eleição do sucessor de Francisco — que começa na próxima quarta-feira (7) — pode levar quatro a cinco dias, devido à diversidade de perfis no atual colégio cardinalício e à complexidade dos debates.
A coluna reúne, abaixo, a duração dos últimos 10 conclaves:
- Papa Pio X (1903): 5 dias
- Papa Bento XV (1914): 4 dias
- Papa Pio XI (1922): 5 dias
- Papa Pio XII (1939): 2 dias
- Papa João XXIII (1958): 4 dias
- Papa Paulo VI (1963): 3 dias
- Papa João Paulo I (1978): 2 dias
- Papa João Paulo II (1978): 3 dias
- Papa Bento XVI (2005): 2 dias
- Papa Francisco (2013): 2 dias
Para um papa ser eleito, são necessários dois terços dos votos do Colégio de Eleitores. Em um cenário com 133 cardeais, serão necessários ao menos 89 votos para vencer a votação. Até quatro votações podem ser realizadas por dia, sendo duas pela manhã e duas à tarde. Caso haja 34 votações sem consenso, os dois mais votados da última rodada disputam entre si.