Qualquer conflito entre povos e nações deveria ser resolvido pela via diplomática. Esse é um princípio civilizatório que precisaria ser perseguido sempre pela humanidade, independentemente de crenças religiosas e posicionamentos políticos e ideológicos. Porém, como a História já demonstrou exaustivamente, impossível negociar soluções pacíficas com um país que se guia pela cultura do ódio, do terrorismo e do fundamentalismo radical — como tem sido o Irã desde que os aiatolás assumiram o poder em 1979.
O Irã, financiador e incentivador dos grupos terroristas Houthis, Hezbollah e Hamas, é o principal responsável pelo atual estado de beligerância vigente no Oriente Médio, agora com potencial para escalar e assumir proporções incontroláveis
Nesse contexto, não pode ser considerada uma insensatez a entrada dos Estados Unidos na guerra de autodefesa que Israel vem travando contra a ditadura persa. Insensato seria permitir que o Irã desenvolvesse o seu projeto de confecção de armas atômicas para, conforme confissão explícita de seus governantes, usá-las contra os países que almeja destruir — especialmente Israel, mas também os próprios Estados Unidos.
O Irã, financiador e incentivador dos grupos terroristas Houthis, Hezbollah e Hamas, é o principal responsável pelo atual estado de beligerância vigente no Oriente Médio, agora com potencial para escalar e assumir proporções incontroláveis. Israel, desde 1948, quando se tornou um Estado independente, tem se envolvido em guerras com único propósito de garantir sua existência e a segurança de seus cidadãos. Em paralelo, dá exemplo para o mundo de sua capacidade de manter uma força de defesa poderosa, ao mesmo tempo em que conserva um regime democrático e desenvolve alta tecnologia e inovação em diferentes setores.
No dia 7 de outubro de 2023, a invasão do Hamas foi o estopim de mais uma guerra de reação contra o terrorismo, gerando o terrível enfrentamento em Gaza, com mortes e consequências para civis em todos os lados. Desde então, as forças de Israel conseguiram enfraquecer os grupos terroristas que sistematicamente ameaçam o país. Agora, é necessário enfrentar o risco de o Irã ter armas nucleares. Nesse sentido, a participação norte-americana é fundamental, pois só os EUA dispõem de armamentos capazes de eliminar essa ameaça. Portanto, espera-se que o decisivo apoio tenha chegado a tempo.
O pior seria deixar o Irã desenvolver armas atômicas, não apenas para destruir Israel, como suas lideranças apregoam abertamente, mas também para impor ao mundo sua cultura do fanatismo, da opressão e do ódio a quem pensa diferente. Infelizmente, parcela expressiva da população mundial ainda não se deu conta do risco de contemporizar com um regime insano que, internamente, persegue opositores, oprime mulheres e minorias, e externamente defende o fim de Israel e do povo judeu. Foi assim, protegido pela complacência dos pacíficos, que o nazismo cresceu e provocou a Segunda Guerra Mundial, com suas trágicas consequências.
É preciso ficar claro que a guerra empreendida por Israel e Estados Unidos não é contra o povo iraniano, mas sim contra os governantes fanáticos que comandam o país islâmico. São eles que recusam o diálogo e que vêm impedindo inspeções da Organização das Nações Unidas ao programa nuclear, com o evidente propósito de ocultar o projeto da bomba atômica.
Claro que o desejável é o retorno à mesa de negociações antes que o conflito bélico se alastre ainda mais e envolva outros países. Mas não há como retornar ao diálogo sem a reorganização da sociedade iraniana, de modo que o comando político do país venha a ter uma nova e sensata orientação.