Lançado na quarta-feira, mas oficialmente em vigor a partir do próximo dia 16, o chamado Pix Automático acrescenta uma nova funcionalidade ao sistema nacional de pagamentos instantâneos que revolucionou as transações entre os brasileiros e é motivo de admiração mesmo no Exterior. O Pix, que entrou em operação em novembro de 2020, é uma tecnologia que teve o desenvolvimento iniciado pelo Banco Central (BC) em 2016, na gestão de Ilan Goldfajn, amadureceu a ponto de entrar em funcionamento sob o comando de Roberto Campos Neto e permanece ganhando aplicações agora, com a autarquia comandada por Gabriel Galípolo. Trata-se de um instrumento a serviço da população e da eficiência da economia e de uma prova da capacidade do país de desenvolver soluções financeiras inovadoras. Por isso, também deve ser motivo de orgulho dos brasileiros.
O Pix Automático, agora, promete facilitar o gerenciamento financeiro dos usuários no pagamento de contas recorrentes, como de luz, telefone, serviços de streaming e mensalidades escolares
Meio de pagamento que permite transferências financeiras em poucos segundos, em qualquer dia da semana e 24 horas por dia, o Pix foi projetado por técnicos do BC e, portanto, pertence ao Estado brasileiro. Até aqui esteve, e deve continuar, imune a qualquer tentativa de interferência política ou reivindicação de mérito por governos ou governantes. Precisa manter-se, da mesma forma, livre de qualquer tentativa de taxação.
Praticidade, agilidade e segurança fizeram com que alcançasse imensa adesão da população, em benefício de pessoas físicas e jurídicas, notadamente pequenos negócios, inclusive da significativa parcela que tira o sustento na informalidade. Não por acaso o Pix desperta o interesse de outras nações, que estudam a importação da sua tecnologia. Em muitos casos, como Argentina, Chile, França e Estados Unidos, já é forma de pagamento aceita em estabelecimentos comerciais de algumas cidades.
Graças à velocidade com que pagamentos são feitos e recebidos e outros atributos, o Pix já é, desde o ano passado, o meio de pagamento mais utilizado entre os brasileiros. De acordo com o BC, ao final de 2024 a tecnologia já tinha a aderência de 76,4% da população, à frente do cartão de débito (69,1%) e do dinheiro (68,9%). Tamanha popularidade gera números portentosos. Nesses pouco mais de quatro anos e meio de operação, já movimentou mais de R$ 60 trilhões. São cerca de 175 milhões de usuários cadastrados no país.
O Pix melhorou a segurança das transações e eliminou os custos de outros meios eletrônicos, traduzindo-se em eficiência e competitividade. Colaborou com a digitalização da economia e com a inclusão financeira. O Pix Automático, agora, promete facilitar o gerenciamento financeiro dos usuários no pagamento de contas recorrentes, como de luz, telefone, serviços de streaming e mensalidades escolares. Conforme o BC, basta autorizar o pagamento da fatura mensal uma única vez. Os débitos passam a ser quitados na data programada, de forma automática. Gera benefícios tanto para quem paga como para o recebedor. Reúne maior conveniência com menor custo operacional. Em fevereiro, a comodidade introduzida foi o pagamento por aproximação. Virão mais inovações, agregando novas facilidades e vantagens a esse instrumento que transformou para melhor a rotina financeira dos brasileiros.