Olho o mapa dos sebos de Porto Alegre como quem examinasse a anatomia de um livro, este objeto que contém o mundo, e até outros mundos, e principalmente as vidas que passaram, que aqui estão e também as que virão. É nem que fosse minha vida. Jamais passo na frente destas livrarias de relíquias sem parar, dar uma olhadinha nas vitrines, nas estantes, nas pilhas amontoadas pelos cantos. De vez em quando saio com um ou dois volumes, para acrescentar ao meu próprio sebo, que ocupa uma sala inteira da casa e todos os espaços da minha mesa de cabeceira.
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