
Já era voz corrente no mercado financeiro que o real digital do Banco Central (BC), o Drex, havia ficado em segundo plano diante do sucesso absoluto do Pix. O experimento com a moeda digital havia começado em 2023. Agora, o BC decidiu desligar a plataforma usada nas fases iniciais de implantação desse moeda que prometia simplificar operações de pagamento mais volumosas.
Isso significa que o Drex morreu antes de nascer? Não necessariamente, mas é certo que, se retornar, será em um futuro indeterminado. Há duas principais justificativas para o desligamento do sistema:
1. custava caro
2. enfrentava problemas para garantir a privacidade das operações
Conforme o economista André Perfeito, testes de implementação como os que foram feitos servem para isso mesmo: verificar se há problemas e tentar buscar soluções.
— O BC foi absolutamente correto e zeloso. O Drex não morreu, apenas tomou outra ou outras formas — pondera.
Mas se não significa o fim do real digital, avalia Perfeito, o desligamento da plataforma indica que outro formato pode ganhar força. Na visão do economista, seriam stablecoins, moedas digitais privadas que mantém a paridade com o real físico – havia dúvidas se o Drex poderia ter essa característica.
— Esse parece ser o futuro depois que Trump encerrou a iniciativa de uma moeda digital do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) em favor de stablecoins de dólares. Tudo indica que esse é o caminho dessa tecnologia — avalia Perfeito.
Tanto do BC do Brasil quando o dos EUA perseguiam o modelo chamado CBDC, sigla em inglês para moeda digital do Banco Central.



