
A diminuição de vendas de destilados não é sentida só em bares e restaurantes. Serviços de telentrega também perderam faturamento após o registro de cerca de 30 casos de intoxicação por metanol no país com ingestão de bebidas alcóolicas.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública mantém recomendação para que plataformas de e-commerce suspendam a comercialização de destilados. O iFood, um dos principais no Brasil, não está vendendo destilados em parte de sua plataforma.
O empreendedor Vinícius Müller, do Tele Trago, serviço de telentrega criado em 2009, em Porto Alegre, estima que o estabelecimento tenha perdido cerca de 10% em vendas. Após os casos de intoxicação, os destilados passaram a ser oferecidos apenas em canais próprios do Tele Trago, como site e telefone. No momento, a empresa não está em grandes plataformas de marketplace, como o próprio iFood.
— As pessoas, simplesmente, não têm pedido. Existe um movimento também da população de ingerir menos. Mas se tivesse acontecido (a contaminação) com cerveja, teríamos sido imensamente impactados. As pessoas tomam destilados em bares ou compram em supermercados. É incomum comprar destilados em grandes quantidades em canais de venda digitais — diz Müller.
O empresário não prevê cortar empregos ou reajustar recursos por conta da crise de intoxicação por metanol. Além das vendas próprias, o Tele Trago é responsável pelo iFood Bebidas, serviço de telentregas de bebidas da plataforma, na região central de Porto Alegre.
*Colaborou João Pedro Cecchini





