
Depois de recuar na véspera, diante da perspectiva de algum tipo de cessar-fogo entre Israel e Irã, nesta terça-feira (17) o petróleo volta a subir, retornando ao nível atingido na retomada do conflito, sexta-feira passada. Nesta manhã, os contratos para entrega em agosto do barril do tipo brent tem alta de 2,16%, para US$ 74,81. Ataques na madrugada entre os dois países se repetiram pelo quinto dia seguido.
Parte do motivo da alta é a frustração da expectativa criada na véspera, outro veio da Casa Branca. Na segunda-feira (16), o presidente Donald Trump saiu inesperadamente da reunião do G7 em Calgary, no Canadá. E postou em sua rede social que "todos devem sair imediatamente de Teerã".
Além disso, negou que tivesse, em algum momento, participado de alguma negociação de cessar-fogo com o Irã, atribuindo a "fake news" ao presidente da França, Emmanuel Macron. E ainda publicou que seu retorno imprevisto a a Washington "não tinha nada a ver com um cessar-fogo", mas com algo "muito maior".
Em se tratando de Trump, tudo pode ter acontecido, inclusive ter tentado e fracassado. Nesse caso, seria mais fácil apontar "fake news" – como faz habitualmente quando a verdade não lhe convém – do que admitir derrota.
Entre as declarações de Trump sobre a necessidade de "evacuar Teerã" e informações dadas por Israel sobre eventuais novos ataques a alvos nucleares no entorno da capital iraniana – em um conurbano que tem cerca de 16 milhões de pessoas –, o clima de guerra aberta voltou. Agora, especialistas em Oriente Médio e os agentes de mercado tentam prever os próximos passos para buscar proteção a risco. No Brasil, o dólar abriu com variação para cima de 0,13%.