Capital dos arranha-céus, Balneário Camboriú (SC) deve ter o primeiro “edifício-árvore” do Brasil. Além de fachada viva, com concreto pigmentado que muda de cor com o tempo, o empreendimento promete reduzir consumo de água em até 52%, de energia em até 26% e de ar-condicionado em até 42%.
O conceito chega ao Brasil mais de uma década depois da estreia desse tipo de projeto, em 2014. O pioneiro foi o Bosco Verticale em Milão, no norte da Itália, erguido em uma área renovada da cidade, a Porta Nuova. Reivindica o nome "floresta vertical", com duas torres, uma de 80 e outra de 112 metros, que abrigam 480 árvores de porte médio e grande e outras 300 de pequeno porte, 11 mil plantas perenes e rasteiras e ainda 5 mil arbustos.
No projeto catarinense chamado Auris Residenze, estão previstas jardineiras suspensas com irrigação automatizada e elementos horizontais para controlar a incidência de luz solar inspirados em galhos. Além de purificar o oxigênio, ajudam na regulação térmica do prédio, que prevê controle contínuo da qualidade do ar e sistema de purificação de água potável.
Com 26 apartamentos residenciais, todos de 187 metros quadrados, o Auris Residenze tem valor geral de vendas (VGV) de R$ 100 milhões. O projeto é do Fischer Group, com assinatura do escritório italiano Archea Associati.
*Colaborou João Pedro Cecchini