
Um aporte de R$ 6 milhões vai tentar transformar parte da área de um dos maiores passivos ambientais do Rio Grande do Sul em ativo. Está surgindo em Estância Velha a I9 (lê-se "inove"), empresa com capacidade para tratar até 600 mil litros de resíduos e efluentes oleosos por dia.
Resíduos e efluentes oleosos são misturas formadas por restos de óleos usados em setores como automotivo, metalmecânico e industrial. Podem ter origem vegetal, sintética ou mineral e normalmente estão combinados com água ou materiais sólidos. Sem o tratamento adequado, têm potencial de contaminar solo e água.
A I9 une duas empresas gaúchas que já atuam no setor ambiental: a Nova Época, central de tratamento de efluentes fundada em 2011, e a Geoprospec, consultoria com 40 anos de atuação.
— O tratamento adequado dos efluentes oleosos é um dos grandes gargalos da gestão ambiental no Estado — afirma Eduardo Carvalho, um dos sócios da I9.
A empresa será instalada em área arrendada da Utresa, punida por poluir o Rio dos Sinos em 2006. Na ocasião, cerca de 90 toneladas de peixes morreram. A partir do fim das ações de intervenção na área para gestão dos antigos passivos, houve a permissão para novos investimentos. A I9 tem licença operacional da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
*Colaborou João Pedro Cecchini