
Um dia depois de ter registrado recorde, o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, teve leve recuo de 0,39% nesta quarta-feira (14), encerrando em 138.422 pontos.
O fechamento ficou abaixo de máxima histórica da véspera, de 138.963 pontos, mas se manteve acima da marca anterior, de 137.343 pontos, de 28 de agosto de 2024.
O dólar teve ligeiro avanço de 0,42%, para R$ 5,632 nesta quarta-feira. Durante a sessão, a cotação chegou cair abaixo do patamar de R$ 5,60, batendo na mínima de R$ 5,583.
Conforme analistas, faltou novidade positiva para alimentar o otimismo da véspera, mas como os dois termômetros andaram meio de lado, nada muito negativo entrou no radar.
No entanto, analistas já especulam sobre a eventual substituição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que teria saída prevista do governo no máximo até abril do próximo ano para disputar as eleições.
Até o final do ano passado, essa possibilidade teria provocado maior nervosismo no mercado financeiro, que considerava o ministro fiador de algum ajuste fiscal. Mas depois da frustração com o pacote de corte de gastos, a percepção é de que Haddad já perdeu poder.
Clima positivo
Não há só um motivo para o cenário positivo no mercado. Um conjunto de fatores e indicadores faz com que a bolsa de valores brasileira (B3) opere perto da máxima, e o dólar, da mínima nos últimos sete meses.
O principal é a percepção de que o ciclo de alta do juro terminou ou está próximo do fim, reforçada pela ata do Copom na terça-feira (13).
A trégua entre Estados Unidos e China na guerra tarifária deflagrada por Donald Trump tira parte da incerteza quase absoluta que dominava o cenário e ainda embute perspectiva de beneficiar o Brasil, ao menos em determinados setores.
*Colaborou João Pedro Cecchini