
O jornalista Mathias Boni colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Com 1,5 mil clientes, incluindo escritórios de advocacia e departamentos jurídicas de grandes empresas, a startup gaúcha doc9 está apresentando ao mercado um assistente jurídico com inteligência artificial.
O Which pode ser usado para organização e estruturação de documentos, consulta a jurisprudências e preparação para audiências a partir de pesquisas. Segundo o fundador e CEO da doc9, Klaus Riffel, a ferramenta se difere de outros modelos mais tradicionais de inteligência artificial, como ChatGPT, por operar em ambiente fechado.
— Há uma dificuldade de se criar peças mais personalizadas com as ferramentas que já existem. E ainda, com inteligência artificial aberta, tem insegurança do ponto de vista de compartilhamento de dados — afirma.
Como a tecnologia é fechada, a aprendizagem ocorre apenas por documentos fornecidos pelo próprio usuário, o que, conforme Riffel, garante maior segurança e personalização da linguagem jurídica de cada escritório. O executivo também afirma que o Which tem capacidade de reduzir em até 80% o tempo gasto por advogados com atividades burocráticas.
— Pretendemos diminuir ao máximo a quantidade de trabalho braçal e reduzir custos, para poder não só exponencializar o crescimento de empresas, mas também deixar profissionais mais preparados para atender os seus clientes — complementa Riffel.
A empresa prevê dobrar o faturamento com produtos digitais neste ano. Uma das apostas é o evento de inovação Doc9 Summit, que ocorrerá em 22 de maio, em Porto Alegre.
*Colaborou João Pedro Cecchini