Foram 12 dias com dólar acima do patamar histórico de R$ 6. Nesta quarta-feira (11), no entanto, a moeda fechou com baixa de 1,30%, para R$ 5,968, marcando a volta ao nível que não ocupava desde novembro.
O alívio veio no dia em que se espera alta de 0,75 ponto percentual na Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira a nova taxa básica de juro, inclusive com aposta de que se eleve 1 ponto percentual de uma só vez.
Parte da ajuda para valorização do real frente ao dólar também veio dos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro do país manteve as apostas do mercado de corte de 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) na próxima semana.
— O mercado começou a achar que o corte no juro nos Estados Unidos vai continuar, e no Brasil há expectativa de acentuar. O diferencial de juros aumenta e, ainda que haja risco no Brasil por conta do ajuste fiscal, há maior atratividade de investidores — avalia o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.
*Colaborou João Pedro Cecchini