![André Ávila / Agencia RBS André Ávila / Agencia RBS](https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/38757753.jpg?w=700)
O substitutivo da reforma tributária, agora, está nas mãos do Senado. Na Câmara, não faltaram alterações. Boa parte, feita minutos antes da votação. Exemplo disso é a ampliação das exceções, quando o objetivo seria o oposto: o de reduzi-las.
Um dos beneficiados nos acréscimos foi o agronegócio, assim como as atividades esportivas e as produções culturais. Houve aumento da isenção das instituições religiosas e nova flexibilização para a incidência sobre os transportes rodoviários, ferroviário e hidroviário, de caráter urbano, intermunicipal e interestadual.
Na esteira, veio ainda o regime especial para serviços de hotelaria, parques de diversão, restaurantes e aviação regional. Isso para citar apenas algumas. E em cada alteração há um componente que eleva as críticas recorrentes que partem desde de sempre das principais entidades representativas do setor de serviços.
Por mais que exista um apelo dos técnicos envolvidos na construção do texto base para que não se fragmente o olhar, uma vez que os benefícios viriam de uma funcionalidade associada a totalidade das alterações, sobretudo, no que se refere à redução de custos em cascata, tem ficado mais difícil segurar os ímpetos setoriais de um dos segmentos que sustenta a produção nacional e responde pela mais dos empregos no país.
Em uma conversa com jornalistas, na sexta, o ex-presidente da Federasul e atual vice-presidente Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Anderson Trautman Cardoso, vice-presidente Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e o vice-presidente Jurídico da Federasul e professor de Direito Tributário, Milton Terra Machado atualizaram as insatisfações.
Ao lembrar que o país tributa em 40% o consumo, Cardoso explica que por trás da reforma há um apelo social que não se sustenta fora do que ele considera como “um embate de narrativas”. Para o dirigente, existe espaço de diálogo no Senado.
Ele considera um dos ponto-chave a diferenciação para a nova economia. Caso contrário, prevê um desmonte do hub tecnológico do Estado.
– Se formos para números, é um debate preocupante, inclusive para o Rio Grande do Sul, que já tem o South Summit e vários outros movimentos para atrair e verá esse setor ir embora. Já contratam mão de obra do Uruguai e da Argentina, se tirarmos as sedes daqui é problemático.