Não acaba antes de terminar: a quatro semanas do final do ano, instituições e o mercado financeiro encontraram forças para elevar a projeção de crescimento ainda para 2017. Na pesquisa divulgada toda semana pelo Banco Central, a Focus, a estimativa para elevação do PIB neste ano subiu de 0,73% para 0,89%. O que é 0,16 ponto percentual na nossa vida? Nada.
Mas tem efeito além do simbólico. Significa que, de fato, o resultado à primeira vista considerado desanimador do PIB do terceiro trimestre realmente provocou revisões para cima na projeções, como a coluna antecipou no sábado.
E além de melhorar – só um tantinho, é verdade – as perspectivas para o ano que finda, contagiou 2018. A projeção subiu de 2,58% para 2,60%.
Além de melhorar o humor – essencial para fazer o círculo virtuoso engrenar –, a pequena mudança tem efeito real. Caso se confirme, o PIB mais robusto agora embute o que os especialistas chamam de carrego estatístico, espécie de “herança” benigna que fica para os próximos trimestres. Isso não significa que tudo está resolvido na economia, ao contrário. Com novo reajuste de 8,9% no gás de cozinha, a Petrobras segue no papel de despertador de dragão. De tanto tentar, uma hora consegue.