Marta Sfredo
Sobrinho de Mário Simonsen – economista emblemático no Brasil –, o atual presidente da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Ivan Simonsen Leal, não é exatamente um otimista. Há 17 anos no cargo, aponta problemas internos e externos para que o Brasil sonhe tanto com reação de curto prazo quanto com recuperação no longo. Só tempera o raciocínio sofisticado com certo humor carioca.
– Quando me chamam de presidente, fico procurando o quadro do doutor (Luiz) Simões Lopes, fundador da FGV e braço direito de Getulio – afirma.
Em sua mais recente passagem por Porto Alegre, para assinar acordo com o BRDE, reservou alguns minutos para comentar suas perspectivas para o Brasil e o mundo. Aproveitou para dar um recado:
– Sou carioca, mas espero que a revolução cultural comece no sul do Brasil. É onde há maior consciência política e social.
Lembrado da situação do Estado, contemporizou:
– Não quer dizer que estejam realmente desenvolvidos, mas é de onde podem se desenvolver.