
Mais do que o 5 a 0, a Seleção reforçou contra a Coreia do Sul um modelo de jogo e estrutura que delineia as peças a serem levadas para a Copa de 2026. Para quem ainda corre atrás de um lugar, vai um aviso: restam poucas vagas.
Nas três convocações, Carlo Ancelotti tem mantido uma base de 15, 16 jogadores. A esse grupo acoplou peças que ele já conhece a fundo e certamente estarão na lista final, casos de Militão e Rodrygo. A rigor, pelas convocações e pelo que pensa Ancelotti, há poucos lugares em disputa entre os 26.
Vamos por setores. Os goleiros estão definidos. Alisson é o titular, Bento, o reserva, e Hugo Souza, o terceiro. Ederson corre por fora. Foi chamado para ir à Ásia, mas acabou cortado por lesão.
As laterais estão abertas, principalmente, a direita. Wesley e Vanderson foram chamados nas três listas, mas só foram em uma cada, por causa de lesões. Abriram espaço para a chegada de Vitinho.
Há uma disputa aqui. Na esquerda, Ancelotti apostou em Alex Sandro na largada, mas ele se lesionou e ficou de fora das demais. Douglas Santos chegou na penúltima lista e tomou conta.
Carlos Augusto é um nome pouco falado, mas esteve em duas convocações e tem característica defensiva que encaixa na ideia do técnico. Também pode atuar como zagueiro. Caio Henrique é a versão ofensiva, porém, foi chamado nas duas últimas listas e jogou na altitude. Tem uma vaga em disputa aqui.
Do meio para frente
No meio, os nomes parecem estar definidos. Casemiro, Bruno Guimarães, Paquetá e Andrey Santos, que impressionou Ancelotti. Nesta data Fifa, André ganhou vez e pode ser o nome alternativo a Casemiro, e João Gomes, para ser observado.
Vale o mesmo para Joelinton, que perdeu a última convocação por lesão. Esse tem a capacidade física e a intensidade que o meio-campo exige nesse modelo. Há uma vaga em disputa aqui também.
Agora, ao setor mais badalado: o ataque. Estêvão é o titular na direita, Vini Jr. na esquerda. No meio, Raphinha e um companheiro entre Matheus Cunha e João Pedro. O primeiro arrancou muito bem na Ásia.
Nas extremas, Luis Henrique e Martinelli são os reservas. Rodrygo será uma alternativa de luxo para atuar numa das vagas do meio. Richarlison parece ser nome de Ancelotti, pelo vínculo criado no Everton e por atuar tanto pelos lados, como vem sendo usado na esquerda, quanto de nove.
E o Neymar?
Há uma vaga. Ela pode ser de um centroavante de ofício, caso de Igor Jesus, embora João Pedro e Richarlison desepenhem ali. Mas ela será de Neymar, se ele conseguir recuperar o alto nível até março, quando será feita a última convocação antes da Copa.
Como tudo em Neymar é superlativo, ele só estará na Copa se for para ser protagonista. E o caminho dele até atingir esse patamar é longo demais. Ainda mais para atender às demandas de um Brasil que joga em altíssima rotação.




