
Há na base uma classificação dos jogadores conforme o potencial. É como se eles fossem separados por prateleiras, de acordo com a perspectiva que se tem deles. Não são distinções fixas, eles podem ascender e cair dentro dessas separações.
Tipo, a prateleira 1 seria daqueles com nível de seleção de base e lastro, um Estêvao. A prateleira 2 seria daqueles com capacidade para jogar em clubes grandes da Série A e, se desenvolvendo e mantendo o foco e a vida de atleta, podem chegar a um pelotão alto da Europa. A prateleira 3 seria daqueles com perfil para atuar em clubes médios e assim sucessivamente.
Bom, o diferencial deste sub-17 do Grêmio é a quantidade de jogadores da prateleira 2 e um, pelo menos, com lastro para ser da 1 — no caso, Gabriel Mec.
O sucesso deste time está ligado à estratégia traçada na base do clube. Não é de graça que nove dos 11 titulares escalados na semifinal contra o Palmeiras entraram pelo CT do Cristal, na iniciação.
O Grêmio, assim como o Inter, não tem recursos para comprar o que o mercado chama de jogador semipronto, aquele de 15 anos, cujo potencial está claro. Esse é um mercado em que se fala em milhões e se alimenta com salários de profissional de clube médio. É neste mercado que operam Palmeiras e Flamengo.
O Grêmio, para fazer frente, busca os guris com nove, 10 anos. Cria um laço de confiança com família e agentes, investe numa construção 360º e desenvolve conforme sua cultura de futebol. Foi assim, por exemplo, com Nathan Fernandes, vendido por US$ 7,5 milhões e Alysson, com potencial para valer, no mínimo, o dobro disso.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.





