
Foi um exercício de futuro a noite desta segunda-feira (13) do Grêmio. Futuro imediato, é importante frisar. Na velocidade com que os clubes gigantes jovializam seus times, o sub-17 é a nova categoria júnior. Se exagerarmos, podemos quase chamá-los de aspirantes a profissionais.
Mais do que encaminhar o título brasileiro da categoria com o 4 a 1 sobre o Atlético-MG, o Grêmio mostrou que logo ali na frente terá ferramentas de sobra para impulsionar um projeto de retomada alicerçado na sua base.
O roteiro do jogo, com a expulsão de um jogador do Atlético-MG, facilitou. Mas a superioridade técnica gremista é tamanha que o 4 a 1 seria factível mesmo no 11 contra 11.
Há nomes de sobra para fazer o torcedor suspirar e projetar um futuro alvissareiro. Os dois laterais, Vitor Ramon e Lucas Rian tem velocidade e boa chegada à frente. Luis Eduardo, já inserido no dia a dia do profissional, sobra no meio dos guris.
Danillo lembra muito Caíque, que saiu do Grêmio em fevereiro sem nem jogar. Não só pela camisa para dentro do calção, mas também pela leitura de jogo. Tiaguinho carteia e faz lembrar Arthur. João Borne é o goleador, joga com uma seta apontada para o gol. Mec é diferente, tem tantos recursos que parece sempre fazer o simples — e jogar simples é muito difícil.
Lucca, o centroavante reserva, ocupou o lugar de Harlley e fez o que se espera de um camisa 9: gols. Mas a reclamação ao ser substituído mostrou que ainda precisa amadurecer. Todos foram bem, mas a cena foi roubada por Roger, um meia que joga do lado, de pé refinado e inteligência.
Os guris, agora, vão confirmar o título. Trata-se de uma geração com potencial para ir muito longe e fazer o Grêmio se reorganizar financeiramente. Porém, é preciso cuidado com eles. São talentosos, há muitos diferentes ali. É preciso só ter calma e cuidado para que não sejam triturados pela máquina de moer do futebol, sempre apressado e em busca de soluções imediatas.
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