
O Mundial de Clubes abre sua segunda rodada com um jogo que dará a medida exata do tamanho da montanha que os brasileiros precisarão subir para buscar o título. No Rose Bowl, onde comemoramos o Tetra há distantes 30 anos, o Botafogo encara o PSG.
É o jogo do atual campeão da América e do Brasil contra o campeão da Liga dos Campeões (e francês também, embora isso esteja longe de ser novidade). Esta partida tem todas as ferramentas para que possamos medir forças entre América e Europa.
Palmeiras e Fluminense fizeram ótimos jogos contra Porto e Borussia Dortmund. Inclusive, saíram com lamentações pelos empates sem gols. Porém, acionaram todas as suas forças para encarar dois times que, embora sejam históricos e tradicionais, fazem parte hoje da segunda prateleira da Europa.
No caso do Porto, até acredito que esteja mais próximo de uma terceira. Ambos vieram de temporadas ruins. O Porto terminou a liga portuguesa em terceiro, 18 pontos atrás do Sporting e oito do Benfica. Até a antepenúltima rodada, disputava ponto a ponto com o Braga o terceiro lugar e a vaga na Europa League.
O Dortmund, por sua vez, só entrou no G-4 da Bundesliga na última rodada, ao vencer o Holsten Kiel e contar com a derrota do Freiburg. Acabou em quarto e com a vaga na Liga dos Campeões.
O confronto da noite desta quinta-feira (19), não. Este será contra um peso pesado. O PSG pós-galácticos é um time competitivo, sedento por vitórias e jovem, com média de idade de 24 anos. Marquinhos, 31, foi o único acima dos 30 a enfrentar o Atlético de Madrid, por exemplo.
Aliás, neste jogo, os franceses mostraram que chegaram aos EUA para disputar e não para passear. Caberá ao Botafogo encarar esse que, para mim, é o primeiro grande confronto de brasileiros com a cara do Mundial que nos acostumamos a ver.