
O Inter fez 3 a 0, com gol de Alan Patrick, desencanto de Wesley e destaque de Bernabei. Porém, o grande personagem da noite chuvosa no Orlando Scarpelli foi Rayr, 26 anos, o goleiro do Maracanã.
Ele defendeu dois pênaltis e fez Alan Patrick ainda mandar outro na trave. Somado ao pênalti defendido do camisa 10 no jogo do Beira-Rio, Rayr fez o quatrilho. O que quase nenhum colorado imagina é que Rayr só virou jogador graças a uma passagem pelo Grêmio.
Em 2013, quando recém havia chegado ao CT de Eldorado do Sul para atuar no sub-14 do Grêmio, o goleiro recebeu a notícia de que havia perdido a mãe. À dificuldade de adaptação ao frio gaúcho para um guri saído do interior do Ceará somou-se a dor da perda.
Pensou em desistir. Mas acabou acolhido por uma psicóloga da base gremista e pelos companheiros de time, que não o deixaram cair.
Rayr ficou no Grêmio por mais um ano. Depois, se mudou para o São José. No Passo D'Areia, se profissionalizou. Aos 18 anos, voltou para o Ceará e rodou até chegar ao Maracanã em 2021.
Nome de craque
Em tempo, o nome de Rayr, na verdade, era para ser Raí, numa homenagem ao meia do São Paulo. Mas o pai se emocionou na hora do registro e enfeitou com um Y e um R.
Fanático por futebol, ele batizou o caçula como David Luiz. O famoso da família, no entanto, desde esses dois jogos com o Inter é mesmo o Raí versão cearense.
Quer receber as notícias mais importantes do Colorado? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Inter.