A Casa Magnabosco é uma tradicional loja de Caxias do Sul. No coração da cidade, ao lado da Catedral Diocesana Santa Teresa, o varejo de moda completa 110 anos. O comércio resistiu a planos econômicos, trocas de regimes políticos, pandemias, guerras mundiais e mudanças nas formas de consumo.
Raymundo Magnabosco, filho de imigrantes italianos, e a esposa, Flora Serafini, fundaram um armazém de secos e molhados em 1915. Em ótima localização, em um casarão de madeira, prosperou o típico comércio da zona colonial italiana.
Por 110 anos, a empresa está no mesmo ponto, na esquina das ruas Sinimbu e Dr. Montaury. Nos anos 1930, o casarão de madeira foi substituído pelo imponente prédio em estilo Art Déco, projetado pelo arquiteto Sílvio Toigo. Durante as obras, temporariamente, o comércio ficou no outro lado da rua.
O novo prédio abrigou a loja no térreo. O Fórum e a residência do juiz ficaram no segundo andar. A família Magnabosco morava no terceiro andar.
A icônica construção, que está no imaginário dos caxienses, virou referência em moda na cidade. As vitrines sempre foram sinônimo de elegância.
O comerciante Raymundo Magnabosco teve importante contribuição na comunidade, por exemplo, na criação do Fórum de Caxias do Sul e da Universidade de Caxias do Sul.

Atualmente, a loja reúne mais de 150 grifes nacionais e internacionais em uma área de quase 5 mil metros quadrados. Ela emprega cerca de 70 pessoas.
— Mais que um destino de compras, somos um elo entre a serra gaúcha e o mundo — resume Pedro Horn Sehbe, CEO e integrante da quarta geração da família no negócio.
Para celebrar os 110 anos, foi lançado o livro Magnabosco: Um Magazine Chamado Tempo, produzido pela jornalista Valquíria Vita.



