O cartão-postal enviado pelos Correios atualizava familiares e amigos sobre as viagens no passado. No verso de uma bela imagem, principalmente paisagens e prédios, um texto curto contava como estavam os dias do remetente longe de casa. A correspondência também poderia ser um convite para reencontro ou a simples declaração de saudades.
A origem dos cartões-postais tem algumas versões. A história mais disseminada envolve a sugestão apresentada pelo professor Emmanuel Hermann em Viena, em 1869. Após publicar artigo com a ideia, os cartões abertos se espalharam pelo Império Austro-Húngaro.
Inicialmente, eram apenas textos. Os cartões foram uma simplificação das cartas, dispensando o uso de envelopes. Mesmo sem privacidade, viraram opção para recados, notícias e até declarações de amor. As imagens foram incorporadas mais tarde.
O Brasil instituiu o cartão-postal por decreto de 28 de abril de 1880. Os primeiros eram de monopólio oficial e já vinham com o selo. Com o passar do tempo, foi dada a autorização para a impressão dos postais por indústrias gráficas. Os selos eram colocados posteriormente.
Em função das belas imagens, os cartões passaram a ser colecionados. No início dos anos 90, em visita à cidade de Canela com a escola, comprei um com a foto da Cascata do Caracol. Sem máquina fotográfica, era uma maneira de guardar recordação do passeio.
Certamente, muitos de vocês preservam relíquias em gavetas, talvez com agradáveis mensagens. A leitora Noeli Foresti, 92 anos, me enviou dezenas de cartões do seu acervo pessoal, incluindo imagens de Porto Alegre, Caxias do Sul, Rio de Janeiro e outras cidades.
O Almanaque Gaúcho publica acima postais da cidade ainda no tempo dos bondes, que deixaram de circular em 1970.





