Os imigrantes italianos não foram os primeiros a produzir vinho no Rio Grande do Sul, mas a chegada dos colonos a partir de 1875 impulsionou a vitivinicultura. Como era tradição na Itália, as famílias faziam em casa a bebida para consumo próprio. Com o tempo, surgiram as grandes vinícolas e as cooperativas.
No quinto episódio da temporada do programa Aconteceu no RS, já disponível no canal de GZH no YouTube, o enólogo Lucindo Copat fala da relação dos imigrantes italianos com a uva e o vinho no Estado. Ele lembra que as sementes trazidas da Europa não vingaram por aqui.
— Na nossa região, chove na época da produção. Estragava a uva. Eles começaram então a buscar algumas uvas mais resistentes, as uvas americanas. Elas eram muito resistentes a enfermidades — explica Copat.
O imigrante Tommaso Radaelli, de Nova Milano, em Farroupilha, é considerado pioneiro na produção de uva na Serra. Em 1877, ganhou mudas da variedade Vitis labrusca, batizada no Brasil de Isabel, da família Ruschel, que tinha parreirais em Picada Feliz.
A temporada do programa Aconteceu no RS sobre os 150 anos da imigração italiana no Estado tem novos episódios às segundas-feiras, ao meio-dia, no canal GZH no YouTube. Você também pode ouvir na Rádio Gaúcha aos sábados, às 23h30.