As "nonnas" são figuras icônicas das colônias italianas do Rio Grande do Sul. Elas são lembradas pela gastronomia, pelo carinho, pelos conselhos e pelo trabalho. Antes de virarem avós, foram mães e filhas. O oitavo episódio da temporada do programa Aconteceu no RS, já disponível no canal de GZH no YouTube, resgata o papel das mulheres na imigração italiana no Estado. A entrevistada é a historiadora e professora da Unisinos Maíra Ines Vendrame.
Nos séculos 19 e 20, a sociedade esperava que as mulheres cumprissem primeiro o papel de mãe, em famílias de muitos filhos. Mesmo com protagonismo negligenciado, a mulher foi pilar das comunidades. Não trabalhava apenas em casa. As italianas e suas descendentes empreenderam e formaram mão-de-obra no comércio, nas fábricas e outros setores.
— Elas estavam na lavoura, nas fábricas, em todos os espaços. Nós, historiadores, temos feito um esforço para tentar ver essas mulheres como mulheres trabalhadoras e não só como mães domésticas — reforça a professora Maíra.

No episódio, a entrevistada conta os casos da viúva Anna Rech, que migrou com os filhos, e da solteira Maria Favretti, que chegou sem a família a Caxias do Sul. A professora fala também das cartas trocadas por imigrantes e familiares que ficaram na Itália.
A temporada do programa Aconteceu no RS sobre os 150 anos da imigração italiana no Estado tem novos episódios às segundas-feiras, ao meio-dia, no canal GZH no YouTube. Você também pode ouvir na Rádio Gaúcha aos sábados, às 23h30.
Assista aos episódios anteriores da temporada do Aconteceu no RS:
- Por que imigrantes italianos vieram ao RS em 1875
- Nova Milano: a história dos pioneiros do berço da imigração italiana no RS
- Quarta Colônia: como foi a colonização italiana na região central do RS
- Italianos em Porto Alegre: festa da uva, Cidade Baixa e outras histórias da imigração
- Entenda a tradição da uva e do vinho na colonização italiana no RS
- Cozinha separada, banheiro longe e porão: como eram as casas dos colonos italianos
- Escolas nas colônias italianas no RS: saiba o que as famílias exigiam dos professores