A Casa Di Pietro, ou DiPe, como é carinhosamente chamada pelos clientes, acaba de completar 25 anos em Gramado, mas muita gente ainda desconhece um de seus "segredos", que vai muito além do tempero.
Aberto no subsolo da Igreja Matriz São Pedro, o restaurante exibe as pedras basálticas e as características originais do templo de 1935, com destaque para os banheiros (sob a casa paroquial), onde se ouve canto gregoriano.
— Quando fizemos o projeto, lá atrás, o porão da igreja era praticamente uma catacumba. Decidimos preservar e incluir um campanário que pertenceu a uma fazenda no interior de Santa Maria. Queríamos um lugar que restaurasse o corpo e a alma, que valorizasse a espiritualidade. Somos católicos — conta o proprietário, Josiano Schmitt, que também lidera os restaurantes MLBK, Catherine e o futuro Soleil, todos em Gramado.
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Quando você entra no lugar, percebe a religiosidade nas paredes, em quadros como a Santa Ceia e o Sagrado Coração de Jesus (deixado em testamento por uma antiga cliente), e também nos adereços, incluindo imagens de santos e candelabros.
Um pequeno túnel escuro dá acesso aos sanitários. Ao fundo, você vê um São Pedro iluminado e, no interior dos toaletes, um espaço para velas atrás de grades. O revestimento das paredes é cru, como na origem. O piso de azulejos também foi preservado. Nos ouvidos, a música sacra impera. É praticamente uma experiência sensorial (e, claro, atrai curiosos).
Ah, e tem mais um detalhe interessante (e que aguça o paladar): no menu, há pratos como as saladas "dos monges" e "franciscana", a famosa "carbonara do sacristão" e a imperdível "lasanha da Madre Verônica". O pessoal costuma dizer que é de "comer rezando"...




