
A contratação da empresa que irá instalar três novos radares meteorológicos no Rio Grande do Sul voltou a ser suspensa. A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) pediu novamente a impugnação do edital.
A suspensão ocorreu às vésperas da disputa. As propostas seriam recebidas nesta quarta-feira (18).
A representante das empresas do setor pede a exigência de comprovação de capacidade técnica e profissional do vencedor da disputa. Quer a permissão para que seja autorizada a formação de consórcio de empresas para executar o contrato.
Exige também que sejam criados critérios técnicos para apontar o local de instalação dos radares. Por fim, solicita-se que uma pesquisa de mercado seja realizada para readequar o preço estimado da contratação com base nas novas especificações.
- Legalmente, temos um prazo para responder aos questionamentos. Possivelmente, pela intempestividade da impugnação, não tivemos tempo hábil para análise. Consequentemente, nos obrigamos a, novamente, suspender o pregão - explica o chefe da Casa Militar, coronel Luciano Boeira.
Em abril, a representante das empresas do setor elencou dez erros identificados na contratação. O pedido foi negado no começo de junho. Após ajustes pontuais, a licitação foi reaberta.
Três cidades
Os radares serão instalados em três cidades estrategicamente escolhidas, a fim de garantir que todo o território gaúcho seja monitorado por um sistema próprio. No oeste, o equipamento será instalado em Manoel Viana.
No norte, a cidade escolhida foi Soledade. No sul, o município de Pelotas será contemplado. No leste, o governo já tem um radar que atua em Porto Alegre.
A compra será feita com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). O governo do Estado projeta gastar até R$ 186,5 milhões por um contrato de dois anos.
A partir da assinatura do contrato, a empresa terá aproximadamente 10 meses para instalar o equipamento em Manoel Viana. Já o radar de Pelotas deverá entrar em operação em até um ano e quatro meses. Por fim, o equipamento de Soledade precisará ser instalado em um ano e oito meses.
A empresa precisará fazer o monitoramento das condições meteorológicas em tempo real, de forma ininterrupta, ao longo dos dois anos de contrato. Ao menos dois meteorologistas deverão ser responsáveis pelo trabalho.
Caberá à equipe emitir boletins de previsão de curto prazo - para as próximas 6 a 12 horas - e de curtíssimo prazo - até 3 horas. Esses boletins deverão trazer informações sobre a estimativa da quantidade de chuva e as condições de temperatura, vento e mar para o Estado.