
A contratação da empresa que executaria a duplicação do Caminho do Meio em Viamão voltou para a estaca zero. A Central de Licitações do Estado anunciou a revogação da concorrência.
Segundo o secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Marcelo Caumo, ajustes estão sendo feitos na montagem de outro edital. A nova documentação será publicada nas próximas duas semanas.
Em dezembro, o governo gaúcho havia lançado a licitação para escolher a empresa responsável pela obra. No começo do ano, porém, a disputa foi suspensa para que ajustes fossem feitos no edital.
Na disputa anterior, venceria a disputa quem oferecesse realizar a duplicação por um custo menor do que R$ 157,53 milhões. O trecho de Viamão a ser duplicado tem 11,4 quilômetros. As obras deveriam ocorrer em um período de dois anos.
A duplicação começará por Viamão porque a prefeitura foi a primeira a ter os projetos da obra aprovados pela Caixa Econômica Federal, instituição que presta apoio às análises do material. Enquanto isso, a região vem sofrendo com buracos.
Outros 12 quilômetros receberão obras nos trechos de Alvorada e Porto Alegre. Porém, os projetos estão atrasados porque as prefeituras demoraram mais para entregar a documentação necessária.
A prefeitura de Alvorada apresentou os estudos para a duplicação do seu trecho, de 4,3 quilômetros. Porém, o projeto recebeu ressalvas e solicitações de alterações pela Caixa. Dessa forma, a documentação está sendo revista antes que seja possível iniciar a obra.
Já o trecho de Porto Alegre, que tem 7,3 quilômetros, teve os projetos entregues pela prefeitura em novembro. Dois editais estão sendo montados, mas num estágio anterior ao de Alvorada.
Duplicação
A ideia é duplicar a Avenida Protásio, a partir da Avenida Saturnino de Brito, até a RS-040, em Viamão. Além disso, o trecho envolvendo a Estrada do Cocão, entre a RS-040 e a Avenida Frederico Dihl, também receberá investimento.
Ao todo, 23,2 quilômetros irão receber mais pistas, corredor de ônibus, ciclovia, calçadas, novas paradas de ônibus e iluminação. Estudos feitos pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) apontam que, com a conclusão da duplicação, será possível ganhar 20 minutos no deslocamento entre as cidades, apenas no transporte público.
A estimativa é que toda a duplicação seja realizada ao longo de três anos. Além do investimento na duplicação, o governo ainda precisará realizar desapropriações de terra.
Verba perdida
Em 2012, a Metroplan conduziu estudos sobre a duplicação. Um ano depois, a obra recebeu recurso federal, mas a demora para retirá-la do papel fez com que o então Ministério das Cidades, em dezembro de 2016, anunciasse o cancelamento da verba. A ideia era duplicar o trecho e implementar corredor de ônibus, deixando a via em melhores condições para receber a quantidade de veículos que recebia.