
O problema não é novo, mas em época de grandes deslocamentos pelas rodovias do Rio Grande do Sul, a percepção se acentua. As praças de pedágio não dão conta de absorver o deslocamento de veículos.
Para dar uma opção aos motoristas, as concessionárias de rodovias oferecem cancelas específicas para quem tem as tags de pagamento automático. O número de clientes aumenta a cada ano.
Segundo dados divulgados em janeiro de 2024, entre 46% e 51% do tráfego que passa nas praças de pedágio já usava a tecnologia. Com o início do free flow no Rio Grande do Sul — a Caminhos da Serra Gaúcha implantou o sistema neste ano —, a tendência é que esse número siga em expansão.
Na freeway, por exemplo, das quatro cabines disponíveis é normal apenas duas estarem liberadas para uso. Nesta sexta-feira (15), segundo o repórter Ian Tâmbara, o problema foi ainda maior. Apenas uma estava aberta, mesmo com mais de 80 veículos passando por minuto na praça de pedágio de Glorinha.
A CCR ViaSul, que administra os pedágios da freeway, BR-101 e BR-386, informa que monitora os pontos de cobrança e que a abertura ou fechamento das cabines de tags acontece conforme a quantidade de tráfego. Ainda de acordo com a empresa, cada pista automática comporta uma média de mil veículos por hora.
Ela garante que costuma deixar mais cabines deste tipo abertas para incentivar o motorista a utilizar a modalidade. Porém, na prática, essa articulação parece não acompanhar a necessidade da rodovia.
Cartão por aproximação
Nas praças da CCR, há também a possibilidade de se pagar o pedágio em cancelas com pagamento automático. Com cartão de aproximação — de crédito ou débito — o motorista para no ponto de cobrança, quita a tarifa e segue viagem sem precisar interagir com um funcionário.
Pix
Com relação a pagamento por Pix, a CCR ViaSul informa que o assunto vem sendo tratado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). Atualmente, esse tipo de transação costuma demorar mais de um minuto, o que ainda dificulta a sua implantação.
EGR
Nas praças de pedágio da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), nas estradas estaduais, o problema também ocorre. Com poucas cabines de cobraça, aquelas que são específicas para uso de tags são usadas para pagamento manual, fazendo com quem paga por um serviço diferenciado tenha que enfrentar fila de qualquer forma.
Uso de tags
As tags são adesivos codificados instalados nos para-brisas dos veículos. Com elas, os carros cruzam as praças de pedágio em cancelas automáticas, agilizando a passagem. A taxa é então descontada diretamente da conta do motorista, ou vai para a fatura de um cartão de crédito.
Além do valor do pedágio, os clientes pagam uma taxa de administração. Porém, algumas instituições financeiras isentam o pagamento dessa taxa se o dono da conta bancária tiver, por exemplo, um cartão de crédito.