
A Polícia Federal deve trocar em breve o seu delegado-chefe no Rio Grande do Sul. O superintendente regional Aldronei Pacheco Rodrigues é o único dentre os 27 no país que não foi substituído nesses três anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Pois Aldronei, que tem 40 anos de serviço público (começou como estagiário), deve se aposentar até novembro. A ideia é cuidar da família. E a PF já tem um provável nome para substituí-lo. É o delegado Alessandro Lopes, outro gaúcho, que hoje atua em Brasília, como Coordenador-Geral de Repressão à Corrupção, Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro.
Além de amigos, os dois têm um foco parecido no combate ao crime. Aldronei, 55 anos, chegou a trabalhar por 20 anos no Judiciário, antes de ingressar na Polícia Federal. Nomeado delegado em 2005 e sempre foi mais dedicado ao combate a desvios no dinheiro público - área em que atuou durante pelo menos 15 anos. Nascido e criado em Porto Alegre, ele se formou em Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Depois de ser técnico judiciário, entrou para a polícia e trabalhou em várias partes do país, como Acre, Amazonas e Roraima.
De volta ao Rio Grande do Sul, virou especialista no combate a crimes do colarinho branco (inclusive na Operação Lava-Jato) e chegou a superintendente da PF em 2021. No ano passado, durante sua gestão, os policiais federais gaúchos lideraram o ranking nacional de operações contra trabalho escravo e lavagem de dinheiro.

Já o favorito para substituir Aldronei, delegado Alessandro Maciel Lopes, 53 anos, é natural de Sant'Ana do Livramento, onde atuou de 2007 a 2018. Ele foi depois chefe do Núcleo de Inteligência Policial e da Representação Regional da Interpol (Polícia Internacional) no Rio Grande do Sul (2018/2019), Corregedor Regional (2019), Delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado (2019/2021) e Delegado Regional Executivo na superintendência gaúcha (2021/2023). Está desde 2023 em Brasília. Além de policial, Lopes foi professor de Direito na Universidade da Região da Campanha (Urcamp), entre 2008 e 2018, e atua como professor na Academia Nacional de Polícia e em cursos de pós-graduação.
O delegado Mauro Lima Silveira deve permanecer na Delegacia Regional de Polícia Judiciária, outro cargo importante na superintendência gaúcha da PF.



