
Se as estreias de Estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo chamam a atenção na 33ª Avaliação Nacional de Vinhos, a representatividade gaúcha, também. Das 533 amostras, 450 são do Rio Grande do Sul, ou seja, 84,4%. Um percentual que reforça o peso (e a responsabilidade) de ser um polo consolidado da produção.
— O Brasil é o único país do mundo que tem a vitivinicultura tradicional, a de dupla poda (vinhos de inverno) e a do Vale do São Francisco (vinhos tropicais). Essa é uma bandeira, é o nosso patrimônio — destaca Dirceu Scotta, diretor da Associação Brasileira de Enologia (ABE).
As novas divisas dos parreiras nascem a partir das experiências do que se adapta melhor em ambientes com condições diversas daquela onde a uva ganhou seus primeiros espaços. Mas e como inovar em áreas consolidadas? Parte da resposta vem da própria avaliação nacional, em que são selecionados os 30% dos vinhos mais representativos da safra.
— Ajuda a vinícola a entender seu próprio produto. A avaliação veio para fazer o produtor visar uma boa matéria-prima, a excelência no processo — afirma Mario Ieggli, presidente da ABE.
Scotta, enólogo à frente da Vinícola Dal Pizzol, acrescenta que no RS também tem muita variedade sendo testada, com diferentes propostas, e muito campo a ser explorado. Sobre a avaliação, maior degustação de vinho do mundo, observa:
— Estamos provando os vinhos que estão nascendo.
Saiba mais
- As novidades evidenciam a diversidade das novas fronteiras da produção
- A 33ª edição da Avaliação Nacional de Vinhos é a maior da história, com 533 amostras de 76 vinícolas de nove Estados brasileiros — Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo
- Rio de Janeiro e Espírito Santo fazem sua estreia no evento
- Os ingressos para quem quiser participar da cerimônia em que serão apresentadas as 16 amostras mais representativas estão à venda. Informações podem ser conferidas no site da ABE (enologia.org.br)

