
A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois da praga que quase acabou com os pomares de kiwi, o município de Farroupilha celebra a retomada do cultivo na Serra. Até 20 de julho, ocorre no Parque Cinquentenário do município, que é o principal produtor da fruta, a 25ª Fenakiwi. Para este ano, a expectativa é de que a colheita, já encerrada, tenha alcançado 250 toneladas.
— Estamos em um cenário bastante positivo — avalia Paula Milech, engenheira agrônoma do escritório municipal da Emater de Farroupilha.
Ainda assim, "é uma retomada", lembra a técnica. O cultivo de kiwi em Farroupilha alcançou o seu auge em 2010, quando somou 135 hectares e 70 produtores. Hoje, a estimativa que se tem é de que existam 60 hectares e 45 produtores. Nesta sexta-feira (4), durante o 7º Seminário Nacional do Kiwizeiro, Paula adiantou que será iniciado um levantamento para atualizar esses dados.
A retomada
Causada pelo fungo Ceratosystis fimbriata, a praga conhecida como seca-do-kiwizeiro surgiu há mais de 10 anos na Serra. Na época, provocou a morte de dezenas de pomares, causando prejuízos a produtores e motivando instituições de ensino, governos e empresas privadas a se unirem para encontrar soluções.
Da união desses elos, nasceu uma série de manejos que hoje começam a ser adotados pelos produtores, como porta enxerto, drenagem da área, pomares localizados em áreas de desnível, manejo sanitário e sistema de proteção contra granizo.
De acordo com Paula, porque é uma opção de cultivo de frutífera interessante:
— Tem custos menores do que a uva, por exemplo, não coincidir com a colheita da fruta, que é a principal cultivada na região, e tem valor agregado superior. Em um mesmo hectare, se colhe a mesma coisa de uva e de kiwi.