
As cooperativas de infraestrutura não atendem exclusivamente o agro, mas têm no setor uma grande parcela da sua demanda. Energia e conectividade, por exemplo, são itens essenciais em áreas da produção agropecuária e ajudam a movimetar esse que é um dos sete ramos do cooperativismo no Rio Grande do Sul.
Os dados de 2024 divulgados oficialmente nesta terça-feira (1) na apresentação do relatório Expressão do Cooperativismo Gaúcho mostram que o ramo da Infraestrutura teve um crescimento de 5% no faturamento, somando R$ 2 bilhões. As sobras avançaram 26,14%, alcançando R$ 238 milhões. São 30 cooperativas, 582,26 mil associados e 2.638 trabalhadores que compõem esse ramo.
— O cooperativismo de infraestrutura, que tem geração de energia, distribuição de internet, está deixando marcas expressivas. O momento está sendo de reconhecimento — avalia Erineo José Hennemann, presidente da Federação das Cooperativas de Infraestrutura e Desenvolvimento Rural do RS (Fecoergs).
Ele acrescenta que o sistema cooperativo tem hoje 55 usinas e produz 30% da energia que é consumida. A parceria com o govenro do Estado no programa Energia Forte no Campo tem sido uma ferramenta para ampliar a rede trifásica no meio rural. E pode ser um modelo a ser seguido também na expansão da conectividade.
Somando todos os ramos, o cooperativismo gaúcho teve uma receita de R$ 93,2 bilhões, alta de 8,4%, em 2024. Como antecipou na segunda-feira (30) a coluna, o ramo agropecuário segue sendo o mais representativo, tendo faturado R$ 49,9 bilhões no ano passado, aumento de 2,49%.