
Estão programadas para esta segunda (16) e terça-feira (17) as últimas vistorias nas propriedades que ficam em até 10 quilômetros do foco de influenza aviária, confirmado no mês passado, em Montenegro.
As ações fazem parte do protocolo para a contenção, após o primeiro caso em granja comercial do Brasil — confirmado em 15 de maio e comunicado no dia seguinte. Com essa etapa final, serão, no total, oito rodadas de visitas técnicas na chamada área perifocal, distante até três quilômetros do estabelecimento onde se deu o registro. No alcance maior, de até 10 quilômetros, serão cinco.
Diretora do Departamento de Defesa e Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Agricultura, Rosane Collares acompanhará as vistorias finais. Sobre as lições que ficam, avalia:
— “Aproveitamos” os episódios com aves silvestres para treinar as atividades de vigilância, mesmo não estando previsto no plano de contingência nacional. Quando realmente precisamos aplicar, o pessoal estava familiarizado com a plataforma e com o formato de trabalho.
É também nesta semana, na quarta-feira, que termina o período de vazio sanitário (28 dias a partir da desinfecção da granja do foco). Se ao fim do prazo nenhum novo caso em plantéis comerciais for diagnosticado, o Brasil poderá resgatar o status sanitário em relação à influenza aviária. O passo é crucial para o país buscar a retomada de mercados que suspenderam as compras da proteína.
— O setor está muito otimista, contando com negociações contundentes e eficazes, justamente porque tivemos uma ação competente e de resposta rápida na contenção desse caso isolado — diz José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
Conforme última atualização do Painel da Influenza Aviária, do Ministério da Agricultura, o Brasil tinha nesta domingo oito suspeitas em investigação, nenhuma em aves comerciais.