
A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O retrato da produção brasileira de milho em 2025, considerando o primeiro e o segundo ciclo, divulgado nesta terça-feira (24) pelo Rally da Safra, mais uma vez contrasta com a realidade do Rio Grande do Sul. Assim como ocorreu na soja, os efeitos da estiagem e das ondas de calor neste verão impactaram os números no Estado — diferentemente do resto do país.
No cenário nacional, os técnicos da Agroconsult — responsáveis pelo levantamento em campo na segunda safra, que somou mais de 80 mil quilômetros percorridos em 14 Estados produtores — estimaram que a colheita total tenha alcançado 150,3 milhões de toneladas, volume 16,4% superior ao registrado no ano passado.
Já no Rio Grande do Sul, a Emater calcula uma redução de 12,6% na mesma comparação, chegando a 706,9 mil toneladas.
De acordo com André Debastiani, coordenador do Rally da Safra, diferentemente do que ocorreu no Rio Grande do Sul, foi justamente o prolongamento das chuvas no Centro-Oeste, por exemplo, que possibilitou com que a produtividade das lavouras médias e tardias fosse semelhante às do semeadas cedo, favorecendo uma colheita recorde.
— Estamos diante de uma safra espetacular e o grande motivo foi o clima — reforçou ainda Debastiani, durante a apresentação dos resultados.