
A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Correção: o Ministério da Agricultura corrigiu, nesta quarta-feira (25), a informação de que 17 países haviam retirado o embargo. Na verdade, foram 16: o Japão não retirou totalmente as restrições.
Com a retomada do status de zona livre de gripe aviária, era questão de tempo para que a retirada de embargos à exportação brasileira de produtos avícolas, como a carne de frango e os ovos, ocorresse. E a primeira lista de países a retirarem as suspensões — recebida com alento pelo setor produtivo — foi divulgada nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Agricultura.
Compõe a relação 16 países: Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Egito, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Vanuatu e Vietnã.
Restam, agora, 44 países que, por ora, mantêm restrições à exportação de produtos avícolas brasileiros. Em nota, o Ministério da Agricultura informou que "permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores", prestando as informações técnicas necessárias sobre o caso, para a retomada de mais mercados.
Com o foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, no Vale do Taquari, em maio, o Brasil declarou autoembargo às suas exportações — como de praxe em acordos sanitários. Agora, com o fim do caso e a retomada do status sanitário, são os países que precisam retirar a restrição comercial.
A situação atual das restrições
Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Albânia, Argentina, Canadá, Chile, China, Filipinas, Índia, Macedônia do Norte, Malásia, Mauritânia, Paquistão, Peru, Timor-Leste, União Europeia e Uruguai.
Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Cuba, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia.
Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.
Suspensão limitada aos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra: Japão
Suspensão limitada à zona: Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Singapura, Suriname e Uzbequistão. O reconhecimento de zonas específicas é denominado regionalização, conforme previsto no Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e no Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC).