
Do ponto de vista sanitário, já não existem mais argumentos para barrar a produção brasileira de frango. Todos os requisitos exigidos foram cumpridos à risca não só no período de vazio sanitário, encerrado na quarta-feira (18), mas desde o acionamento feito às autoridades da suspeita, posteriormente confirmada por laudo laboratorial. Diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria Estadual da Agricultura, Rosane Collares contabiliza 36 dias de atuação, com quase 3 mil vistorias feitas nas 540 propriedades cadastradas dentro do perímetro do foco.
— É bem robusta a quantidade de vezes que circulamos ali. Foi uma atividade intensa, mas bem gratificante para conseguir fazer essa entrega para a avicultura do Estado — resume Rosane.
Para dar conta de todo o trabalho, um time de profissionais foi montado, com servidores da pasta da Agricultura, da Patrulha Ambiental da Brigada Militar, da Polícia Rodoviária Estadual, da Defesa Civil, dos municípios e do Ministério da Agricultura.
Monitoramento contínuo
Após a confirmação do foco, também se intensificou o monitoramento de investigações. Foram 30 atendimentos de casos suspeitos em diferentes regiões do Estado, com coleta em 17. Na área de vigilância (até 10 quilômetros no entorno do foco, foram quatro amostras enviadas para análise laboratorial — com apenas um diagnóstico positivo, em ave silvestre. Desde 2022, o Serviço Veterinário Oficial do RS realizou 539 investigações de casos suspeitos de influenza aviária, com 163 coletas de amostras para diagnóstico laboratorial.