A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

A partir deste sábado (14), os próximos 15 dias serão de tradição e superação — e 750 quilômetros a serem percorridos por 65 cavalos crioulos. É quando ocorre, em Jaguarão, no Sul, a tradicional Marcha Anual de Resistência, competição que chega a 23ª edição e coloca à prova um dos principais pilares de seleção da raça.
— A marcha testa a rusticidade, a resistência e o poder de recuperação do cavalo crioulo e, junto com a Morfologia e o Freio de Ouro, forma os três pilares de seleção da raça — explicou à coluna Luiz Mario Diaz, diretor da subcomissão de marchas e marchitas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).
Para a seleção, a resistência é importante para garantir animais com fôlego tanto para provas, quanto para trabalhos de campo. No primeiro dia da Marcha, serão feitos 15 quilômetros pela manhã e 15 quilômetros à tarde no município. O objetivo é avançar com o passar dos dias: aumentar as distâncias e diminuir o tempo de trajeto.
No período, Sindicato Rural de Jaguarão será a casa dos competidores. Os animais já estão concentrados desde 14 de maio, na Estância Santo Ignácio, de Vinicius Rosa, que fica no município, para equilibrar as suas condições para a competição.
Entre os participantes, há cabanhas gaúchas, de Santa Catarina, São Paulo e do Uruguai.