
A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Ingrediente que é a cara das festas de São João, o milho verde repete nesta temporada a tendência de procura e preços aquecidos. A bandeja com três unidades está sendo comercializada a R$ 4 na Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa-RS) — valor 30% acima do praticado no auge do verão, em janeiro e fevereiro, quando a embalagem custava R$ 3.
A diferença de preço, contudo, se dá em relação aos meses de diferente oferta e demanda. No comparativo entre os anos, a variação se mantém estável, com os mesmos patamares de preço verificados em 2024 e em 2023.
A valorização é típica da época do ano, quando o produto entra em reta final de safra, e responde a um movimento esperado de mercado, explica o gerente técnico da Ceasa de Porto Alegre, Léo Omar Marques. Além disso, o último ciclo foi favorável para a produção de milho em geral no Estado, o que garantiu menor flutuação de preços.
No milho pipoca, outra iguaria das festas juninas, os preços se mantêm igualmente estáveis em 2025 e abaixo de anos anteriores. O quilo do grão está custando entre R$ 6,50 e R$ 7 na Ceasa. Em 2024, chegava a R$ 8. Diferentemente do milho verde, é um produto que tem "vida pós colheita", com possibilidade de armazenagem e estoque.
Já no amendoim, em geral cultivado pelos mesmos produtores de milho, o preço pouco oscilou, também devido aos bons estoques. As opções com e sem casca são vendidas a R$ 10 e R$ 11 o quilo, respectivamente, em valores semelhantes aos do ano passado.