
A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Se o trigo deve perder espaço nesta safra de inverno, a canola promete florescer, mais uma vez, como alternativa ao produtor rural no Estado. Em meio a um cenário de incertezas, marcado por condições climáticas adversas, endividamento rural e dificuldade de acesso a crédito e a seguro, o grão que vem de um flor amarela disparou entre as projeções de área e volume apresentadas pela Emater na divulgação do primeiro levantamento do ciclo, nesta segunda-feira (16).
Conforme a instituição, a expectativa inicial é de que, neste ciclo, a canola avance 37,4% em área, totalizando 203,2 mil hectares. Em volume, a perspectiva é ainda mais promissora, com aumento de 69%, chegando a 352,9 mil toneladas.
Diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera elencou os fatores que explicam esse cenário — e que já haviam sido adiantados pela coluna:
—É um grão que tem rentabilidade (custo de produção mais baixo do que o trigo e compra garantida), janela de posicionamento adequado para sucessão com as culturas de verão e demanda pela indústria na alimentação humana.
Atualmente, além da Celena Alimentos, empresas como a 3tentos e a Agrofel e cooperativas como a Cotribá também já compram o produto do agricultor de diversos pontos do Estado.