
A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Apesar do impacto da estiagem, o agronegócio gaúcho manteve-se firme como o principal motor do crescimento econômico do Estado no primeiro trimestre de 2025. Em um cenário em que a escassez de chuvas poderia ter comprometido o desempenho das lavouras, o setor demonstrou resiliência e "salvou a lavoura": foi decisivo para manter o PIB do Rio Grande do Sul em trajetória positiva.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), o PIB estadual cresceu modestos 1,3% em relação ao último trimestre de 2024. Já o agronegócio, contrariando as adversidades climáticas, avançou impressionantes 27,3% no mesmo período — sendo o setor que mais cresceu.
A expansão da agropecuária foi puxada pelas elevações das produções de arroz (14%), milho (6%), fumo (18%) e uva (36%). Dentre as principais culturas do período, apenas a de soja apresentou redução — aliás, expressiva, de 37%, em razão da estiagem.
A soja, diferentemente do arroz, milho, fumo e uva, foi mais impactada pela falta de chuva por coincidir com o período de enchimento de grãos da cultura, uma fase crítica e definidora da produtividade.